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quinta-feira, 21 de abril de 2011

LOGO CÊDO DA MANHÂ

Quando de manhanzinha
Pego o onibus e vou a feira
Eta conversa afiada
Se ouve tanta besteira.

Vem primeiro um menino
Que chora com dor no pé
Pois um "velhote" pisou
Quando ele deu marcha  ré.

Atrás da minha cadeira
Uma mulher grita o marido
Por causa da noite passada
Numa briga de litígio.

A outra já bem à frente
Conversa no pé do ouvido
Dizendo para a vizinha
Que hoje tem alarido.

Pois o safado do marido
Chegou bem de madrugada
Estava na casa da outra
Aquela puta safada.

La atrás,  bem lá no fundo
Tres estudantes gasguitos
Gritam, berram e  bravejam
Por conta de um tal Marquitos.

Marquitos, era o gay
Que transou com um dos tres
A baixaria era tanta
Que espantou um fregues.

Um moço bem alinhando (vestido)
Com beca (roupa) de casamento
Vai ver que veio de um baile
E não tirou a roupa a tempo.

Ao motorista pediu parada
E bem na hora de descer
Olhou para o trio louco
Dizendo vá se foder.

Meus Deus, meu Deus me acuda
E chegue logo a minha hora
Prá eu descer na feira grande
Tô com pressa Nsa. Senhora!

Foi assim que atravessei
Toda a minha cidade
Prá fazer a minha feira
Num sabado, sem piedade!

Agora que aprendí
Eu não pego ônibus não
Vou a pé,  faço no bairro
E nunca, vou de buzão!
Autor: Biagio Grisi

SELO DE QUALIDADE

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